Histórias de Moradores de Itaboraí

Esta página em parceria com o Museu da Pessoa é dedicada a compartilhar histórias e depoimentos dos Moradores da cidade.


História da Moradora: Viviane dos Santos Almeida
Local: Rio de Janeiro
Publicado em: 21/01/2013

Tema: Sonhando com uma vida tranquila

Sinopse:

Algumas das maiores paixões de Viviane foram se juntando na sua vida para fazer dela o que ela é hoje. A dança, o trabalho social e a religião. Viviane se dedicou a trabalhar com jovens e adultos de comunidades que precisassem de um apoio, seja pela palavra religiosa, seja pelo movimento do corpo para sair da estagnação, seja por uma iniciativa de geração de renda, ou por todos juntos. As vivências de Viviane vão tomando a frente para ajudar sua comunidade no que ela precisa. Em paralelo, também cuida de si: pretende finalizar a faculdade de Psicologia e já abriu a sua loja de artigos para mulheres.

História:

“Eu comecei na escola muito nova. Entrei na escola eu tinha 2 anos e 3 meses. Eu tinha uma prima que eu via ir pra escola e eu queria também. Aí a professora, um dia, falou pra minha mãe que eu podia ir. Então eu ia de fralda, mamadeira, tudo, pra escola. Uma coisa que eu sempre gostei de fazer desde criança é ler. Então eu gostava muito de brincar de leitura com as minhas amigas. Botava todas sentadas, queria ser a professora pra poder ler pra elas, contar histórias. Eu sempre fui católica, não só de boca, praticante.

Desde pequena que eu frequentava a igreja. E eu amo dançar. Assim, não sou namoradeira, mas de bagunça, de sair, eu gosto. Tudo na minha vida é relacionado à dança. E aí juntou as duas coisas. Eu fazia balé pela igreja: participava de uma comunidade, aprendia. Acho que fui evangelizada pela dança. E de lá, fiquei um tempo dando aula em outras comunidades. Minha trajetória de trabalho é cheia de coisas. Trabalhei em posto de saúde, de recepcionista; como caixa de uma farmácia; auxiliar de enfermagem; alfabetização de jovens e adultos... Cursei até o sétimo período de Psicologia, mas parei. Foi uma besteira, mas pretendo terminar. Um dia, saindo do trabalho, em Itaboraí, um caminhão me atropelou. Fiquei muito tempo em casa, parada. Quando voltei, já em Duque de Caxias, porque comecei a achar que trabalhar em Itaboraí estava muito fora de mão.

Logo comecei no projeto Centro de Esperança*. Minha mãe já trabalhava aqui, e eu entrei no PDA* (Plano de Desenvolvimento de Área). A Chevron percebeu um índice muito alto de HIV nos funcionários deles aqui no Polo Petroquímico, na Reduc. Então isso fez com que eles procurassem uma atividade aqui que trabalhasse com isso. E aí encontrou o PDA e a Visão Mundial*. Então, a ideia era chegar nas famílias. Mas como a gente fala com os pais, que são pessoas que estão trabalhando e não tem tempo pra sentar e conversar? Pensamos em pegar o aluno, o adolescente, passar essas informações pra ele pra que essa informação chegasse em casa. Então isso a gente deixava muito claro pra eles. Mas isso foi só o começo. Temos um monte de oficinas, de projetos. O de reciclagem de óleo para virar sabão, o Construindo Oportunidades, para geração de renda para mulheres...tem muita história. Hoje eu tenho uma loja. Tenho uma loja de roupas, de acessórios femininos. Meu sonho é ver minha loja bem, dando uma estabilidade. E concluir a faculdade de Psicologia. A gente não sabe o dia de amanhã.”

 



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